Com apresentações artísticas variadas e aulas abertas, o evento, realizado por voluntários, ofereceu atividades artísticas, com entrada franca, à população.
Na última sexta e sábado, 17 e 18/03, a Organização Nova Acrópole Brasília promoveu o evento “Dia da Arte”, também celebrado em diversas capitais do Brasil, nas unidades e demais regiões onde a organização está representada.
Com atividades abertas ao público, a proposta do evento foi mostrar como a arte pode ajudar o ser humano a “afinar as cordas” da sua vida, ensinando-o a harmonizar sua mente, suas emoções e, consequentemente, suas relações com o mundo.
Na capital federal o evento contou com parcerias importantes, com a empresa Chilli Beans, consagrada marca de óculos nacional, a marca Dom Caseiro, de biscoitos artesanais, o Centro Suzuki de Brasília, que atua com o método educativo desenvolvido pelo violinista japonês Shinichi Suzuki e o Movimento Sinfônico, dirigido pelo maestro Ricardo Souza-Castro, que coroou as atividades da primeira noite de evento regendo a Orquestra Metropolitana de Brasília.
Recital com Centro Suzuki de Brasília
Após a apresentação dos alunos e corpo docente do Centro Suzuki, com platéia de mais de 300 pessoas, a Orquestra Metropolitana de Brasília presenteou o público com uma emocionante apresentação e rico repertório que abarcou, dentre outros, Carl Orff e Erik Satie. O Movimento Sinfônico, que vê na arte uma força motriz no desenvolvimento social de jovens crianças e adolescentes, atua desde 2012 e é fruto de iniciativa inspirada no Sistema de Orquestras da Venezuela por seus impressionantes resultados que, hoje, são reconhecidos mundialmente pelos maiores especialistas em música clássica. Na mesma noite, apresentações de teatro, poesia, dança e música, brindaram os visitantes, na atração “Encontro das Artes” também com entrada franca.
Orquestra Metropolitana de Brasília
A manhã de sábado foi repleta de atividades, com palestra “A Arte na Escrita” sobre principais expoentes e vertentes da história da Poesia, ministrada pela voluntária e poetisa, Prof. Enila Freitas, apreciação com tema “Simbolismo da Flauta Mágica de Mozart”, ministrada pela violinista e voluntária, Prof. Flávia Fernandes, e destaque para atração Demonstração de Pintura ao Vivo, com a artista Juliana Limeira.
A tarde foi marcada por Aula Aberta de Valsa, que reuniu a capacidade total de público rapidamente, com diferentes dinâmicas que destacaram os principais movimentos da tradicional dança e umaAula Aberta de Escultura, conduzida pelo Prof. Paulo de Paula, da Escola de Cerâmica e Escultura de Brasília, também parceira no evento e que surpreendeu pela qualidade dos trabalhos gerados. Artesão há 24 anos, o Prof. Paulo conduziu a aula destacando princípios que privilegiam o processo criativo como ferramenta essencial na vida prática: “É necessário que estejamos sempre hidratados, como a argila com a qual modelamos a vida, vitalizando a alma com ideias para que não nos tornemos secos, sem potencial para sempre nos recriar, à semelhança de nossos sonhos.” – filosofou.
Após as aulas, foi a vez do Grupo “Alma Brasileira” composto por violino, cavaquinho, violão e pandeiro, tocados por músicos voluntários da organização, se apresentarem em uma alegre Roda de Choro, que resgatou jóias de compositores brasileiros até o cair da noite.
Em seguida, às 19h30, o público pôde prestigiar o recital do Quarteto Cellos Brasil, criado em 2015 por violoncelistas pertencentes ao naipe de cellos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro em Brasília, em uma especial apresentando no hall do Instituo Médico Seraphis, parceiro da Nova Acrópole Brasília, cujo prédio se localiza nas mediações da organização, no CA 09 do Lago Norte.
Quarteto Cellos Brasil
Por fim, após a apresentação do Madrigal Euterpe, grupo de 12 vozes femininas conduzido pela maestrina Dilma Ikeoka e reunido graças a afinidade em comum das integrantes com a filosofia e o canto, a palestra Magna “Arte: Caminhos para a Harmonia”, ponto alto do evento, foi realizada pelo Prof. Luis Carlos Marques Fonseca, diretor presidente da Nova Acrópole no Brasil.
Madrigal Euterpe
Em sua exposição e conseguinte diálogo, o Prof. Luis Carlos falou sobre a importância da arte na educação e como parte fundamental para a formação do caráter. Tratou da Beleza como uma realidade que pode ser traduzida por meio da música e outras várias formas de expressão e inclusive através da conduta humana que deveria ser estética (ou seja trazendo a Ética para o cotidiano). O Prof. associou ainda a Beleza à Vida e comentou que onde a vida floresce, a beleza se manifesta em suas múltiplas formas. Não poderia haver assim, uma forma única ou específica de manifestação da beleza, mas o mais importante seria a manifestação desta ideia essencial que gera harmonia e tem associação com o bem e a justiça.
Palestra Magna – “Arte: Caminhos para a Harmonia”
No encerramento, com Happy Hour que avançou a madrugada, os visitantes puderam participar do mutirão voluntário de desmontagem do evento, marcante nos eventos realizados pelos voluntários que se divertem ao atuar em sincronia, demonstrando o potencial da união, palavra chave e motor do voluntariado, capaz de grandes feitos.
Nova Acrópole hoje mobiliza cerca de 20.000 voluntários em mais de 50 países, trabalhando pela cultura, filosofia e voluntariado. Em Brasília, atua há 33 anos, ensinando filosofia que possa ser aplicada à vida, inspirando a ética e a vivência de valores.
